Verdade!

O Cortisol é considerado o hormônio do stress, dependendo da duração dos estímulos estressores, pode ser vilão ou mocinho.

Se a situação causadora do stress for pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico voltam à normalidade sem interferir negativamente no organismo.

Nahas (2001) sugere que, a persistência da situação de estresse, causa no organismo uma fase, onde são liberados os hormônios glicocorticóides (cortisona, cortisol e corticosterona). Essas substâncias em dose adequadas estimulam o centro nervoso da memória e da aprendizagem; mas, quando produzidos em grande quantidade, como nos casos de estresse crônico, são prejudiciais à saúde, diminuindo a ação do sistema imunológico e tornando o organismo mais vulnerável a infecções. Além disso, Wilmore e Costill (2001) lembram que o cortisol pode ser um indicador da síndrome do supertreinamento.

Um dos motivos pelo qual essa reação ocorre em situações prolongadas de estresse é para que as concentrações de glicose e glicogênio no sangue e nos músculos mantenham-se equilibradas e possam suprir a demanda energética gerada para responder aos estímulos estressores.

Para manter esse equilíbrio, o cortisol “paralisa” todas as funções anabólicas de recuperação, renovação e criação de tecidos, agindo principalmente no tecido muscular, convertendo os aminoácidos (moléculas que formam as proteínas) em glicose, interferindo no processo da hipertrofia muscular. Essa interferência ocorrerá principalmente nas fibras musculares do Tipo II pelo fato das mesmas possuírem mais proteínas do que as fibras musculares do Tipo I.

As fibras musculares (células que formam o tecido muscular) podem ser classificadas em dois grandes grupos: Tipo I e Tipo II. As fibras musculares do Tipo do II, também conhecidas como fibras de contracção rápida ou fibras brancas, cuja característica é a força, são as principais responsáveis pela hipertrofia muscular.

Fontes:

BEACHLE, T.R; EARLE, RW. Fundamentos do treinamento de força e do condicionamento. Editora Manole. 3ª Edição, p 2010.

Rodrigues V.D; Silva A.G; Ávila W.R.M. Resposta do exercício físico nos níveis do hormônio cortisol: uma breve introdução. www.efdeposrtes.com